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Edição de 60 anos do Festival do Folclore anuncia grupos selecionados da Região Norte com participação inédita do estado do Tocantins

Quinta, 23/05/2024
A Capital do Folclore se prepara para reunir, mais uma vez, a cultura de todo o Brasil. A edição de 2024 comemora 60 anos de história do Festival Nacional do Folclore da Estância Turística de Olímpia, o maior de todo o país, e, na contagem regressiva, a festa anuncia os primeiros grupos participantes, que abrilhantarão o palco do Recinto do Folclore, de 03 a 11 de agosto de 2024.

Ao todo, serão mais de 60 grupos vindos de norte a sul do Brasil, de todas as regiões brasileiras, que foram selecionados pela Comissão Organizadora, pensando em valorizar a tradição dos grupos que mais participaram de edições do FEFOL, dar oportunidade de participação para novos e, principalmente, valorizar a diversidade cultural, promovendo a mistura da cultura brasileira.

Desta forma, O FEFOL tem a satisfação de apresentar, inicialmente, os grupos participantes da REGIÃO NORTE de onde virão quatro grupos, que chegam a viajar 2.500 km para marcar presença em Olímpia. Dois dos grupos serão inéditos, sendo um deles do estado do Tocantins, que terá pela primeira vez um representante no festival.

O Grupo de Suça “Tia Benvinda”, de Natividade – TO, é uma das novidades do 60º FEFOL. Foi criado em 2017, para preservar uma das mais antigas riquezas culturais tocantinenses, a suça, considerada um legado dos descendentes africanos que se estabeleceram nas regiões do norte da província de Goiás, atualmente conhecido como Tocantins, na época em que a atividade mineradora do ouro era explorada. Esta expressão cultural é marcada pela alegria e envolve danças, cantorias, viola, tambores tradicionais e outros instrumentos de percussão. É especialmente popular nos municípios localizados nas áreas central e sudeste do Tocantins, animando frequentemente as festividades locais religiosas do catolicismo popular e folias tocantinenses.



Natividade é a cidade mais antiga do Tocantins e tombada como Patrimônio Cultural Nacional. No município, a suça sempre foi dançada pela comunidade nos festejos populares, mas aos poucos, foi se consolidando e ampliando as formas de expressão da cultura local. Assim, a suça passou a ter destaque nos eventos oficiais públicos e privados realizados com a participação de Natividade, o que deu incentivo para a formação do grupo Tia Benvinda, que nasceu de um projeto escolar e tornou-se um coletivo cultural. Hoje, o grupo reúne cerca de 50 jovens, sob a coordenação da professora Verônica Tavares e com apoio de mestres populares, associações e órgãos de interesse cultural. O nome Tia Benvinda é uma homenagem a uma negra da comunidade, que gostava e dançava muito bem a suça e que participou do início do processo dos ensinamentos às novas gerações, na década de 1990.

Além do Tocantins, o FEFOL recebe na edição de 60 anos, a alegria contagiante do Pará. Do Estado, virão três grupos, sendo dois já conhecidos do público do festival e um inédito. Assim, pela primeira vez, a Capital do Folclore receberá o Grupo de Tradições Marajoara ‘Cruzeirinho’, de Soure, Ilha do Marajó – PA, que nasceu em 22 de agosto de 1987 a partir das rodas de carimbó e das batidas compassadas dos grandes mestres locais. O Grupo, há mais de 30 anos leva arte, cultura, educação e preservação de um patrimônio imaterial, representado pelas danças folclóricas do Marajó, como o Carimbó, o Lundu Marajoara, a Chula, as Toadas de Boi Bumbá e a Mazurca.



Coordenado por Amélia Barbosa, o Cruzeirinho tem o objetivo de resgatar, preservar, divulgar e salvaguardar o saber popular do passado das gerações amazônicas, em especial a do Marajó, preservando suas danças e lendas. O grupo se apresenta como uma amostra da maneira de viver e de sentir do povo marajoara, traduzindo-se em inúmeros personagens. O colorido dos trajes, a intensidade e harmonia dos ritmos e instrumentos representam a serenidade do homem do campo, a sabedoria e paciência do pescador ribeirinho, a alegria de viver e a sensualidade dos casais que evoluem com graça.

De São Caetano das Odivelas – PA, quem estará novamente no FEFOL é o Grupo de Carimbó Bico de Arara. Fundado em 1990, na ilha de São João dos Ramos, distrito da cidade paraense, o grupo surgiu espontaneamente com o intuito de alegrar os encontros dos moradores da vila, em uma época que nem havia energia elétrica na comunidade. Desde então, o grupo musical vem animando eventos locais, difundindo a cultura paraense e o tradicional carimbó, ao som dos curimbós, cuícas, banjo e instrumentos de sopro e, agora, traz, pelo segundo ano, sua música e seu ritmo contagiante para Olímpia.



Completando a Região Norte, quem retorna ao FEFOL é o grupo parafolclórico Frutos do Pará, de Belém. Apresentando um trabalho de resgate da cultura paraense, através da música e da dança folclórica do estado do Pará, o grupo foi fundado em julho de 1992 por integrantes da Associação Cultural Francisco Oliveira, que é Ponto de Cultura e Ponto de memória do Brasil. Acumula em seu repertório coreográfico cerca de 30 danças e lendas que retratam a essência e a diversidade do povo amazônico, respeitando e mantendo as características peculiares do folclore local, com um elenco de 50 pessoas entre músicos, dançarinos e diretoria.



60º FEFOL
A Capital Nacional do Folclore realiza o 60º Festival do Folclore de Olímpia de 03 a 11 de agosto de 2024, no Recinto do Folclore “Professor José Sant’anna”, marcando mais de meio século de história. Neste ano, toda a festa trabalhará o tema central da edição, que completa seu Jubileu de Diamante, “Olímpia: o solo sagrado da cultura brasileira”. O tema visa homenagear a cidade sede do festival, relembrar a história e tradição da festa realizada há 60 anos consecutivos e ainda valorizar Olímpia como o ponto de encontro da cultura brasileira, tendo em vista a oportunidade única que o festival oferece de reunir as diversas culturas de norte a sul do país, em um só lugar.

O Festival do Folclore de Olímpia é uma realização da Prefeitura, por meio da secretaria de Turismo e Cultura, com apoio de projetos de incentivo cultural e parceiros. Com 9 dias de programação variada, a festa é aberta a toda população e visitantes com entrada gratuita e espera receber um público de mais de 160 mil pessoas.

CANAIS OFICIAIS:
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